Combate ao Tabagismo

O Centro Psicológico de Qualidade de Vida conta com uma equipe experiente de psicólogos que desenvolve programa voltado ao controle do estresse, ao fim do tabagismo e à melhoria da Qualidade de Vida. Telefone (11) 3885.8507. E-mail cpqv@globo.com.

sábado, setembro 04, 2010

Efeitos do cigarro na mulher são mais devastadores

“As conseqüências do vício do fumo nas mulheres são mais devastadoras do que nos homens”, afirma a psicóloga Silvia Ismael, presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar e diretora do Centro Psicológico de Qualidade de Vida.

A fertilidade das mulheres fumantes pode diminuir em até 40% com relação às não fumantes. Na fumante, a atividade do ovário cessa de dois a quatro anos antes da não fumante porque há diminuição do fluxo de oxigênio no ovário, antecipando a menopausa. Quanto mais a mulher fuma, mais precocemente vem a menopausa e os problemas relacionados a este período da vida, como osteoporose.

Os efeitos da nicotina na mulher grávida acarretam prejuízos no corpo dela e no feto. A nicotina reduz o fluxo placentário, o que determina o envelhecimento e o descolamento precoce da placenta, aumentando o risco de aborto, de nascimentos prematuros, diminuindo o crescimento e o peso do bebê.

Uma mulher fumante tem quatro vezes mais chances de sofrer um infarto do que uma não fumante. Fumantes que fazem uso concomitante de anticoncepcionais correm dez vezes mais risco de ter um infarto e quatro vezes mais chances de ter Acidente Vascular Cerebral, conhecido popularmente como derrame, bem como outros problemas cardiovasculares.

O tratamento da mulher fumante, em geral, é mais complicado porque ela tem medo de engordar, depois de parar de fumar. A psicóloga Silvia Ismael destaca que existem várias formas de eliminar o vício, sem substituir por outro - o de comer - e que o primeiro passo para o sucesso no tratamento é o profissional da saúde não criticar a fumante, nem desaprovar a atitude, mas abordar o problema com compreensão, motivação e sensibilização para os malefícios do cigarro.

O psicólogo tem papel fundamental, pois sabe se que os programas multidisciplinares são os que mais funcionam. Utiliza-se a terapia Cognitiva-comportamental , em 6 ou 8 sessões programadas, e o sucesso do tratamento, em um ano, tem sido de 60%.

O tratamento basicamente associa o atendimento médico ao psicológico e inclui avaliação do perfil do fumante, detecção dos gatilhos que levam ao cigarro, medicação a base de bupropiona associada ou não ao adesivo de nicotina, acompanhamento semanal da evolução do paciente e a preparação para alta e prevenção de recaída. Este trabalho é realizado em grupos de 5 a 10 pacientes.